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Governança corporativa: aspectos gerais

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A governança corporativa trata-se de um sistema que contempla processos, condutas, costumes e políticas. A partir desse sistema, a sua empresa pode ser administrada, e, também, monitorada. Engloba-se, ainda, o alinhamento dos seus objetivos enquanto empresa com os de seus stakeholders (partes interessadas). Assim sendo, é válido ressaltar que as boas práticas de governança não buscam o lucro a qualquer custo, mas sim a satisfação de todas as partes que, de alguma forma, estão interessadas em seu negócio. Essas partes são representadas pelos gestores e colaboradores (as partes interessadas internas) e há, ainda, os fornecedores, investidores, credores, órgãos públicos e a comunidade que é impactada pelas ações desempenhadas pelo seu negócio. Essas são as partes interessadas externas. Ambas são cruciais ao sucesso do negócio.

As partes interessadas na gestão corporativaAs partes interessadas na gestão corporativa

Há que se destacar o fato de que o compromisso com os interesses de todos os grupos demanda que a governança corporativa seja, acima de tudo, sinônimo de transparência. Isso se dá em razão do fato de que as boas práticas de governança necessitam que as informações concernentes ao seu negócio sejam disponibilizadas a todos os stakeholders, mesmo que não exista um regulamento que obrigue o acesso a tais dados. A transparência é um dos princípios que dão forma à governança corporativa, juntamente com a equidade, a accountability/prestação de contas e a responsabilidade corporativa. Assim, cabe destacar que, ao contrário do que muitos acreditam, a governança corporativa não é recomendada apenas para as empresas de capital aberto. As companhias enfrentam desafios distintos, mas a governança corporativa pode contribuir para com os mais diversos.

Princípios da governança corporativaPrincípios da governança corporativa

A transparência é um dos pilares da governança corporativa, e, desse modo, é crucial que fique claro que um sistema de governança corporativa demanda uma gestão transparente para com todas as partes interessadas, e, assim, as informações a serem disponibilizadas não dizem respeito, apenas, ao desempenho econômico-financeiro, pois considera-se vários fatores tangíveis e intangíveis que norteiam a gestão do seu negócio e que podem ser de interesse dos stakeholders. Na sequência, tem-se o princípio da equidade. É fundamental que as partes interessadas tenham acesso às informações que possam ser de seu interesse, e, para tanto, precisam receber um tratamento justo e igualitário. Deve-se contextualizar os direitos, deveres, expectativas, necessidades e interesses de cada um, independentemente de participar ou não no negócio.

O terceiro princípio é o da prestação de contas (ou accountability). O IBGC frisa que esse princípio está ligado à prestação de contas, e, assim, enquanto a transparência diz respeito à necessidade de manter os stakeholders bem informados, a accountability, por sua vez, é uma responsabilidade mais latente. Envolve prestar as contas de modo compreensível e tempestivo, assumindo, integralmente, as consequências dos atos. O princípio visa reduzir a desconfiança e as chances de abusos por parte dos sócios e administradores. Há, por fim, a responsabilidade corporativa. Deve-se atuar em prol da redução das externalidades negativas da empresa e aumentar as positivas, o que implica o zelo pela viabilidade financeira das operações e a manutenção dos capitais financeiro, humano, social, ambiental, de reputação etc à médio e longo prazo.

Como aplicar a governança corporativa em seu negócio?

Como aplicar a governança corporativa em seu negócio?

O primeiro passo é investir o seu tempo em um diagnóstico. É fundamental que antes de implementar qualquer nova prática dentro do seu contexto, realizar um diagnóstico para descobrir os seus pontos fortes e fracos é bastante vantajoso. Serve para identificar se o seu negócio está com dificuldades para obter lucros ou para comprovar que o problema está nos colaboradores, que não se adequaram ao perfil da companhia. A partir do diagnóstico é possível saber qual será o principal objetivo da governança corporativa no seu contexto. É uma previsão fundamental, e, seguida do planejamento, evita os possíveis erros e potencializa-se os acertos. A segunda estratégia é a criação de um Conselho Consultivo. Ele é um órgão criado pela empresa que visa assessorar todas as atividades exercidas pela companhia, sendo responsável por áreas diversas, como marketing, vendas, recursos humanos, finanças etc.

Trata-se de um órgão que, mesmo que seja composto por membros da mesma instituição, atua de forma externa, pois apenas sugere estratégias que podem viabilizar o sucesso do negócio. Do mesmo modo, realizar reuniões de forma periódica é de suma importância. A realização de reuniões, sejam elas semanais ou mensais, é fundamental para o acompanhamento do progresso da empresa por parte dos interessados, e, para isso, durante a reunião, deve-se levantar pautas capazes de fomentar a melhoria das práticas empresariais que já foram implementadas. Registrar tudo o que foi tratado e decidido em cada reunião também é crucial, seja a partir de atas e/ou agendas, planilhas e afins. O mais importante é estimular as ideias e dar fim ao que tem prejudicado o negócio, bem como fortalecer o alinhamento entre os colaboradores é essencial, pois essa é uma característica básica da governança corporativa.

A transparência e a hierarquia: como me instaurar em minha companhia?A transparência e a hierarquia: como me instaurar em minha companhia?

A accountability está relacionada com a ideia de transparência ao prestar contas acerca do seu negócio. É, como vimos, um dos princípios basilares da governança corporativa, e, assim, ela é muito mais do que uma forma de se evitar fraudes e deslizes: a transparência é crucial para atingir os objetivos traçados para se chegar ao sucesso. É essencial, também, o estabelecimento de uma hierarquia. Para que a governança possa funcionar de forma efetiva é fundamental que os colaboradores saibam a quem se reportar e quem é o responsável pela decisão final na empresa. Dessa forma, a hierarquia é importante, pois o funcionário saberá, claramente, a quem deve se dirigir e quem irá atribuir responsabilidades. Assim sendo, a governança corporativa deve ser bem executada para que a empresa possa ser beneficiada. Caso tenha dúvidas, contrate um especialista na área.

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