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Erros comuns ao implementar a governança corporativa

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Atualmente, a governança corporativa nas empresas se tornou uma importante ferramenta estratégica, seja em razão do crescimento do grau de maturidade das próprias organizações ou em detrimento do enfoque nos interesses e necessidades dos stakeholders (partes interessadas) com mais afinco. Nesse sentido, as companhias, hoje, prezam por práticas de gestão mais transparentes. Com a globalização da economia, as organizações precisaram se adaptar ao atual cenário, que é marcado pelo controle das atividades de ordem interna e externa, bem como pela competitividade. Mesmo assim, existem companhias que não conseguiram se adaptar a esse cenário, e, desse modo, deixam a desejar quando a pauta é a gestão/administração transparente. Reunimos, nesse post, sete erros de governança corporativa nas empresas para que você possa evitá-los em seu negócio.

Decisões com base no modelo de gestão familiarDecisões com base no modelo de gestão familiar

O primeiro erro que pode comprometer a qualidade da gestão corporativa são os reflexos do modelo de gestão familiar. Não há problema em uma empresa ser familiar, desde que os responsáveis tomem as decisões de forma profissional, baseando-se em conhecimentos técnicos. Situações ruins para o negócio podem se intensificar quando as relações de parentesco sobressaem-se às relações de negócios. Caso apenas um proprietário detenha o capital integral da empresa, em tese, apenas ele assume os riscos das decisões tomadas, porém, à medida que o negócio se expande e passa-se a ter sócios, a situação muda e as responsabilidades do gestor aumentam. Assim, a governança corporativa cria e promove um ambiente de negócios confiável, pautado em normas igualmente transparentes.

Ausência do modelo de gestão corporativaAusência do modelo de gestão corporativa

O segundo erro é a ausência do modelo de gestão corporativa. A governança corporativa abrange boas práticas e gestão e controle dos atos empresariais, e, desse modo, as regras seguidas pelas organizações podem compreender leis, orientações de entidades de classe ou de educação, exigências de órgãos regulamentadores, recomendações de órgãos internacionais e normas elaboradas pelo próprio negócio. Um erro muito comum é a falta do modelo de governança corporativa, ou seja, a ausência de regras atuais conhecidas e difundidas no mundo corporativo atual. Quando a empresa não possui um bom Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e/ou um documento capaz de demonstrar as normas de conduta, não consegue demonstrar, na prática, que possui uma governança eficaz.

A falta de regras de arbitragemA falta de regras de arbitragem

 

O terceiro erro mais comum é a ausência de regras de arbitragem. Caso haja apenas um proprietário do negócio, ele pode tomar decisões, inclusive as de caráter mais pessoal, porém, quando a gestão da empresa é comandada por vários sujeitos, como diretores, técnicos, acionistas, dentre outros, o negócio deve adotar regras objetivas, capazes de definir o rumo da companhia, pois, caso contrário, interesses particulares ou de certos grupos podem se sobrepor às necessidades da empresa. Para evitar tal situação, deve-se estabelecer regras de arbitragem internas ligadas aos processos decisórios, pois, assim, evita-se os casos em que a empresa toma decisões apenas em caso de aprovação da maioria dos sócios.

Não consideração da meritocraciaNão consideração da meritocracia

A governança corporativa nas empresas pressupõe que os interesses da empresa sejam colocados sempre em primeiro lugar, e, assim, se um gestor oferece um cargo de destaque na companhia a um familiar, por exemplo, apenas para beneficiar o parente, sem que ele tenha capacidade para exercer tal posição, age-se em desconformidade com as boas práticas de governança corporativa. Atenha-se ao fato de que, em um gestão profissional, a organização deve adotar processos transparentes, claros e objetivos, assim como os seus valores devem ser seguidos por todos, e, desse modo, a ascensão na carreira se faz por meio do mérito e não em razão de indicações. Evita-se, dessa forma, que profissionais não capacitados tomem decisões que podem prejudicar as atividades do negócio.

Falta de transparência nos processosFalta de transparência nos processos

A transparência é um dos pilares da governança corporativa (junto com a equidade, prestação de contas/accountability e responsabilidade corporativa). Esses quatro pilares sustentam o funcionamento do negócio e, assim, preza-se pela imagem institucional e pela retidão nos negócios. A fim de que se evite que a imagem da empresa seja “manchada” em razão de ações de poucos sujeitos, algumas empresas instituem padrões rígidos de governança corporativa para assegurar a transparência nos processos, pois, desse modo, diminui-se as brechas para eventuais atos que podem prejudicar o seu negócio.

Inexistência da fiscalização ou ineficácia dos órgãos de controle

Na rotina do mundo corporativo, não basta que a governança se restrinja aos padrões preestabelecidos e às regras de conduta esperadas. Nesse contexto, para que a gestão da empresa possa ser, de fato, transparente, os órgãos de monitoramento internos, como, por exemplo, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, assim como a controladoria são essenciais. Há companhias que possuem, também, um departamento voltado às relações com os investidores, voltado à prestação de informações para os acionistas, bem como para aqueles que pretendem alocar capital no negócio. Atenção: muitas vezes, a governança corporativa nas empresas é um dos principais critérios que despertam o interesse dos investidores. Investir na estratégia e implementá-la de modo correto é fundamental.

Concessões pontuais e como comprometem a governança corporativa

O sétimo erro que pode colocar em risco a governança corporativa são as concessões pontuais. Engana-se quem pensa que a governança corporativa é apenas um modismo. Essa nova forma de gerenciar um negócio foi adotada pelas principais organizações do mundo, e, assim, ficará cada vez mais difícil encontrar um investidor disposto a apoiar um negócio que não é referência em transparência. Assim, tem sido cada vez mais frequente a fiscalização dos negócios, e, desse modo, as empresas devem ficar atentas para não cometer deslizes, como pular etapas internas, como, por exemplo, a criação de Conselhos para determinados projetos ou a falta de checagem de certos elementos antes de se tomar a decisão final. A pressa pode comprometer a transparência do negócio, e, assim, transmitir uma imagem negativa da companhia para o mercado.

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